segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Of The Dead (Des Morts) - 1979


Dando continuidade a maratona de documentários que falam sobre a morte (em comemoração aos três anos do projeto FILMES PERTURBADORES), chegou a hora de falarmos de um Shockumentary não muito popular nos tempos modernos, que eu acabei descobrindo e conhecendo por acaso na internet.

Des Morts foi lançando em 1979, numa época em que dezenas de outros documentários estavam seguindo os mesmo passos do original Faces of Death. Para quem não sabe, "As faces da Morte" foi o percursor de um gênero bem específico de documentário, onde a morte era discutida de maneira "educacional", inspirando mais tarde, dezenas de outros títulos muito mais sensacionalistas, com cenas brutais de morte e violência. E foi assim que surgiu o subgênero Shockumentary. Esse filme também compartilha essa mesma ideia, mas usando como foco principal, alguns diferentes tipos de funerais que acontecem ao redor do mundo. Of The Dead (originalmente conhecido como "Des Morts" especialmente na França e na Bélgica), mostra algumas diferentes culturas e a cerimônia fúnebre de cada uma delas.


Possíveis spoilers: Na Tailândia, vemos um tradicional funeral envolvendo uma mulher indígena. Enquanto algumas pessoas fazem uma oração em coro para uma entidade chamada Ndzu-Nhong (que nem mesmo o Google conhece, mas eles o consideram como o Deus da terra, do céu e de todo o resto), os habitantes locais matam algumas vacas como parte de um ritual que antecede o enterro. A cena é forte, mas não ao ponto de ser considerada muito ofensiva. A menos, que você seja algum tipo de vegetariano ou uma pessoa de coração muito mole, sendo incapaz de ver um animal sendo morto, mutilado e devorado. O Funeral é encerrado assim como o nosso, com o corpo da defunta sendo enterrada em um caixão. Na sequência, vemos alguns outros tipos de funerais nos lugares mais exóticos lugares do mundo como na Bélgica, México, Nepal, Coreia do Sul e até nos Estados Unidos.


Particularmente, eu não considero DES MORTS como um filme genuinamente perturbador. Mas, existem algumas cenas nele que podem chocar bastante quem não é muito acostumado com esse tipo de documentário. Vemos corpos de crianças e pessoas em estados de mumificação e em outra cena, um corpo que está sendo embalsamado. Isso é o "melhor" que esse filme tem para oferecer. Em outro segmento, um corpo é cremado até os ossos serem transformados em cinzas. Em São Francisco, EUA, um homem está fazendo o funeral do seu cachorro em um cemitério de animais. Por falar em animais, é surpreendente como alguns deles são abatidos com tanta brutalidade em matadouros (Sorry.... sem spoilers! hahaha). Na Espanha, uma tourada causa a morte de um touro, algo completamente comum nesse sangrento espetáculo. De resto, só algumas cenas de pessoas que estão em estado crítico em hospitais, funerais onde cadáveres são queimados em público, corpos no rio Ganges e uma curiosa partida de futebol com cadeirantes.


Esse documentário tem cerca de 100 minutos de duração. Minutos, que são usados especificamente para falar sobre funerais. Isso é interessante? Definitivamente que não, pelo menos, não para min. Essa é a minha opinião. Por diversas vezes, eu pensei em colocar o filme para correr ou pular uma cena inteira. Isso porquê algumas cenas são longas e tediosas. Esse documentário não tem um narrador ativo com comentários inteligentes para compor o seu trabalho. Ao invés disso, vemos algumas entrevistas que não funcionam muito bem aqui. Para se ter uma ideia, a primeira cena mostra um vídeo de um velório com quase 20 muitos de duração, tempo suficiente para ter mostrado um punhado de coisas grotescas e curiosas. Só não digo que esse documentário é ruim, porquê algumas coisas nele são "interessantes", como a morte de um homem que é baleado e enterrado. Provavelmente, ainda com vida. É... o mundo real é bem mais doentio do que a ficção, mas esse não é nem de longe, o pior e mais brutal shockumentary que existe. Uma boa opção para se ver no dia de finados! 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Banned in America (1998)


Na mesma linhagem de Faces of Death, Banned in America é a primeira parte de uma coleção de shockumentary (shock+documentary) sobre a morte explícita e a violência que existe ao redor do mundo. Divididos em 5 partes, cada VHS mostra vários vídeos chocantes envolvendo a morte, sem borrões ou tarja preta. No primeiro volume, temos uma coleção de vídeos envolvendo suicídio, curiosidades bizarras, acidentes de trânsito com vítimas fatais, maus tratos, execuções, enforcamento, uma sangrenta briga de pit bulls, corpos despedaçados e outras coisas que são desaconselháveis para quem não tem estômago forte! Contém possíveis spoilers.


Banned in America 1 começa mostrando um chocante suicídio que aconteceu em Los Angeles. Em 30 de abril de 1998, Daniel V. jones estacionou o seu carro em uma ponte e ligou para o LAPD (departamento de polícia de Los Angeles) para anunciar o seu suicídio, tal como a sua localização. Ele estende um cartaz em protesto com a frase "HMO’s are in it for the money. Live free, love safe, or die". David tinha sido diagnosticado com Câncer e AIDS, o que levou ele a ficar frustrado com a vida ao ponto de realizar um suicídio com transmissão ao vivo pela TV.  Enquanto helicópteros sobrevoam a área registrando tudo, ele entra no carro para por em prática a sua terrível façanha. David entra no carro e atira fogo sobre o seu veículo. Por sorte, ele consegue fugir de uma morte lenta e dolorosa, mas o cachorro dele que não tinha nada a ver com o problema de seu dono, acabou morrendo queimado vivo. David tenta pular a ponte para uma morte certa, mas acaba desistindo da ideia, já que essa morte súbita poderia não ser captura pelas câmeras da mídia. Em um certo momento do vídeo, David vai até o seu carro (ainda em chamas) para pegar a sua espingarda e disparar contra a sua própria cabeça, fazendo fluidos de sangue se espalharem no asfalto.


Durante seus 46 minutos de duração, o primeiro volume de Banned in America, mostra vários outros vídeos, cada qual mais chocante que o outro. Uma perseguição policial, acaba gerando um acidente de trânsito fatal, causando a morte do fugitivo e de inocentes civis. Em uma tribo indígena, somos apresentados a um homem com um tumor gigantesco nos testículos (é isso que eu chamo de saco cheio). Outros acidentes envolvendo vítimas fatais também são mostrados, com cenas bem fortes. Um homem tem suas mãos e pés cerrados em algum tipo de tortura ou snuff film. Em outro vídeo, encontramos mais cenas de mortes, decapitação e crueldade humana. Aqui, existe algumas coisas que foram importadas de outros shockumentary, como a visita a um matadouro de animais disponível em Faces of Death. Outros vídeos que também fizeram parte de BANNED FROM TV lançado no mesmo ano — como é o caso do incêndio no edifício Joelma, o manifesto na Coreia do Sul e uma mulher sendo usada como escudo humano —, são novamente documentos.


Em 22 de janeiro de 1987, um político norte-americano da Pensilvânia cometeu suicídio com um tiro na boca durante uma entrevista coletiva transmitida pela televisão. Seu nome era Robert Budd Dwyer. Ele foi acusado de ter roubado US$ 300 mil, pegando uma pena de 55 anos de prisão. O que parecia ser somente uma entrevista e tentativa frustrada de alegar inocência, acabou se tornando um suicídio quando Budd Dwyer após ler o seu último discurso, disparou um tiro dentro de sua boca. "Afastem-se, esta coisa vai machucar alguém", foram suas últimas palavras.

Um outro vídeo famoso que podemos encontrar aqui, é o assassinato de Jeff Doucett, acusado de pedofilia. Ele foi morto pelo próprio pai da vítima, enquanto era escoltado por polícias dentro de um aeroporto.

Todos os outros vídeos disponíveis nesse documentário são reais, mas como eu não tenho conhecimento avançado em inglês, não foi possível fazer uma análise profunda e precisa para cada um deles. Cuidado para não confundir Banned in America com Banned from TV, pois apesar dos dois possuírem nomes bastantes distintos e ideias similares, esses dois documentários não fazem parte de uma mesma coleção e pertencem a diferentes produtores. Mesmo sendo muitos parecidos, Banned from television é muito inferior e nem é tão chocante assim.


Se você ficou ofendido com está resenha e as imagens explícitas envolvendo a morte, esse filme não é aconselhável para você! Lembrando que esse é somente o primeiro volume de uma coleção de cinco partes, com cerca de 50 minutos cada. A coleção inteira foi relançada em box set pela Braim Damage Films (responsável pela criação de Traces of Death), no formato DVD com todos os capítulos da franquia. Eu considero este filme um trabalho incrível e ousado! Pois em 1998, a internet não era nem a metade do que é hoje e montar um documentário naquela época, era um desafio e tanto! Não é como os dias de hoje. Atualmente, encontramos qualquer vídeo de morte no google com apenas um clique e podemos até baixá-los sem muita dificuldade. Por isso, filmes como MDPOPE não são capazes de me surpreender, já que qualquer pessoa, pode fazer o seu coletando alguns vídeos na Internet.  Veja BANNED IN AMERICA e descubra um pouco da obscuridade que existe em nosso planeta.